O ano é o de 1867 e Paris prepara-se para celebrar a Exposição Universal, consolidando-se como a capital do mundo moderno!
Impulsionada pela tecnologia a vapor do professeur Verne, Paris se tornou o epicentro de uma renovada Europa. Ferro, fumaça e óleo lubrificam o caminho do Império Francês enquanto drozdes mecânicos saltitam entre a multidão.
Mas uma ameaça paira sobre a cabeça de Napoleão! Em uma guerra de apenas sete semanas, a Prússia derrota a Áustria e lança seus olhos cobiçosos sobre a rica e aristocrática França. Dos campos de batalha para os becos sujos da capital, dos jantares nababescos a catacumbas infestadas de ratos, assassinos e chantagistas se espalham no submundo da espionagem internacional.
Mergulhado nas trevas, o Bureau convoca o seu melhor homem: Um espião sem passado. Sem nome. A serviço da sua Majestade, ele é conhecido apenas como: Le Chevalier!
Le Chevalier e a Exposição Universal foi uma excelente surpresa, me vi completamente envolvida com o livro.
A história começa com o assassinato de um agente do Boreau, porém não é apenas uma questão simples ou uma morte aleatória, mas algo muito mais impactante, pois pode estar relacionado com a segurança do próprio imperador francês e também com a Exposição Universal. Devido ao caso ser de grande importância o major decide colocar o seu melhor espião para trabalhar nele: o Le Chevalier,. No entanto Le Chevalier está suspenso por conta de alguns acontecimentos no México e isso vai causar um certo desconforto entre vários personagens. E é a partir daí que a trama se desenrola de forma excepcional.
Le Chevalier é um livro formidável e muito completo, tanto no quesito de conquistar e divertir o leitor, quanto em ambientação, desenvolvimento da trama e pesquisas históricas. É um livro recheado de ação e com personagens muito cativantes.
O enredo é fabuloso, pois é uma mistura perfeita de thriller policial com steampunk e tem como pano de fundo a Exposição Universal de Paris de 1867, também conhecida como A Segunda Exposição Universal, que para quem não sabe aconteceu no reinado de Napoleão III.
O autor soube conduzir muito bem a história, que é cheia de detalhes, mas não cansa o leitor em momento algum, trabalhou muitíssimo bem o gênero do steampunk, essa mistura de tecnologia com uma época antiga, ele foi muito talentoso nesse quesito e também soube incluir muitos elementos originais como os drozde (animais mecânicos), além de ter várias referências interessantes como o Julio Verne sendo um inventor e a menção a rua Morgue do Edgar Allan Poe.
A narrativa do autor também é maravilhosa, muito envolvente, acho que o A. Z. Cordenosi tem um grande talento como escritor, espero muito poder ler mais coisas dele, ele tem uma habilidade incrível para conectar tudo e construir bons personagens, tanto o protagonista como os outros são excelentes, enfim é um livro que eu amei e recomendo muitíssimo.
A edição também está fabulosa, a AVEC é um editora que está apostando nos nacionais e ela é muito caprichosa. A diagramação está ótima, o texto está perfeito, as ilustração são maravilhosas.
Farei também uma resenha em vídeo, por que o livro merece destaque. Estou com alguns problemas na minha câmera, mas assim que eu resolver, eu faço um complemento e posto no blog.
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